A Menopausa
A menopausa é definida como a falta de menstruação durante um período de 12 meses; é a fase em que a função dos ovários termina e a mulher não consegue engravidar.
Esta fase da vida é gradual e vivida de forma muito diferente por cada mulher. A idade média para a menopausa é de 51 anos, mas pode iniciar-se enquanto a mulher está nos seus 40 anos ou nos seus 60. Não existe forma de poder antever.
Os sintomas da menopausa incluem:
- Afrontamentos;
- Sensibilidade de sintomas urinários;
- Alterações de humor;
- Problemas de sono; e
- Cansaço.
Para além disso, existe um aumento de desenvolvimento de algumas doenças associadas à menopausa:
1. Doenças cardiovasculares
O declínio da produção de estrogénio, que tem um papel importante no equilíbrio das gorduras no sangue, aumenta a probabilidade de doenças cardiovasculares. Nesta altura há uma diminuição do colesterol “bom” (HDL) e um aumento do “mau” (LDL), o que por sua vez pode aumentar o risco de enfarte, AVC e outros problemas cardiovasculares.
- Osteoporose
Uma das funções dos estrogénios é promover a fixação do cálcio nos ossos. Com a diminuição da mesma, isto torna-se mais difícil. O processo de redução da densidade óssea é acelerado, agravando-se a fragilidade óssea e, com ela, o risco de osteoporose e de fratura de baixo impacto. Nas mulheres, as fraturas do colo do fémur (osso da anca) são frequentes na idade avançada e têm um grande impacto na qualidade de vida. A prevenção é essencial, através de um estilo de vida que fomente o fortalecimento ósseo.
- Complicações urinárias
A redução dos níveis de estrogénios está associada à maior sensação de secura e menor elasticidade vaginal. Uma das consequências é a propensão para infeções urinárias e para incontinência urinária, caracterizada por uma necessidade súbita e involuntária de urinar. Por outro lado, sobretudo em mulheres que não fizeram uma recuperação adequada do(s) parto(s), pode surgir nesta fase uma incontinência urinária de esforço, caracterizada por perdas de urina ao rir, tossir, carregar pesos ou realizar outro tipo de esforços.
- Disfunção sexual
A redução da elasticidade e da lubrificação vaginal podem dar origem a ligeiros sangramentos e a dor ou desconforto durante as relações sexuais. Por outro lado, é natural que a redução da sensibilidade conduza à redução da líbido e do desejo sexual, também promovida pelo impacto psicológico que todas as alterações próprias desta fase podem ter na autoimagem da mulher.
- Obesidade
No seu conjunto, as alterações no organismo feminino na menopausa envolvem uma desaceleração do metabolismo, à qual acresce um aumento e alterações na distribuição da massa gorda, que se concentra na cintura, como alternativa às ancas e às nádegas. A este risco associam-se os de doenças relacionadas, como a diabetes e a hipertensão. Paralelamente, diminuem o tónus muscular e cutâneo.
- Cancro do cólon, genital e da mama
O aumento do risco oncológico está associado ao envelhecimento.
Regras a seguir na menopausa:
- visitar o ginecologista regularmente;
- visitar o urologista em caso de queixas urinárias;
- fazer os exames complementares regularmente;
- adotar um estilo de vida mais saudável: isto implica uma dieta mais adequada devido à desaceleração do seu metabolismo e à propensão ao aumento de peso;
- praticar atividade física para promover um fortalecimento ósseo e ajudar a manter um peso saudável;
- os suplementos alimentares especificamente concebidos para esta fase da vida da mulher podem ajudar a aliviar os sintomas desconfortáveis e, por vezes, angustiantes. Contudo, os suplementos não devem substituir uma dieta alimentar equilibrada, mas sim ajudar a colmatar alguma deficiência.